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Johannes Gensfleisch Zur Laden
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xilogravura
Gutenberg e a imprensa: Nada se cria, tudo se copia
Gutemberg é famoso por ter sido o gênio que criou a prensa de tipos móveis. Pouca gente sabe que os tipos móveis foram baseados num método de impressão que data do século VI, conhecido por xilogravura. O método de fundição para a criação dos tipos móveis foi desenvolvida por Pedro Schoffer sócio de Gutemberg. Nada se cria, tudo se copia e se aperfeiçoa.
Quando
falamos na prensa de tipos móveis, na imprensa, ou simplesmente em
impressão, é impossível não pensar em Johannes Gensfleisch
Zur Laden. Mais conhecido como Johannes Gutenberg. Sua
família possuía uma fazenda à qual deram o nome de Zurn Gutenberg,
por esse motivo Johannes ficou conhecido como Gutenberg,
em referência à fazenda da sua família, que era uma das mais
importantes da cidade de Mongúcia (Alemanha), onde nasceu.
O pai
e o tio de Gutemberg (chamado assim doravante) eram funcionários da
casa da moeda. Ou seja, Gutemberg nasceu em família abastada, não
se sabe ao certo em que ano. Conjectura-se que em 1937.
Em
1428, Gutemberg foi a Estrasburgo trabalhar como ourives. Passou um
tempo lapidando jóias. Neste período era comum, por toda
Europa, uma forma de imprimir conhecida como xilografia.
Segundo
os historiadores, a xilografia foi criada na China no século VI e
disseminada em toda a Europa desde a idade média. A xilografia
é uma técnica em quê é feito um carimbo entalhado em uma peça de
madeira. Esse carimbo tem seu entalhe coberto de tinta e é
pressionado contra o papel, deixando assim um desenho marcado na superfície.
Para os interessados na arte da xilogravura eu aconselho que assistam ao vídeo:
Com
base nisso, Gutenberg começou a pensar que poderia criar carimbos de
cada letra do alfabeto. Esses carimbos, quando combinados, formariam palavras, frases, textos completos.
Mas, para isso, era necessário criar esses caracteres em metal. O entalhe em madeira, por mais perfeccionista que fosse,
deixaria um tipo (ou caractere) diferente do outro. Isso causaria uma irregularidade
no resultado final da impressão.
Se
conseguisse criar os tipos em metal poderia usar a mesma fôrma para
replicar a mesma letra.
Para explicar melhor
Leia
a palavra “arara”. Para montar essa palavra com tipos móveis
seria necessário três cópias da letra “a”. Como esculpir em madeira para quê as versões da letra "a" fossem idênticas? A solução era fazer cada caractere em chumbo derretido, colocado em uma fôrma no formato da letra até que o chumbo esfriasse. Dessa forma, cada caractere seria igual ao outro. Se as letras
saíssem da mesma fôrma não haveria irregularidade visível ao longo
da palavra. Por
outro lado, com as letras esculpidas em madeira, não haveria
garantias de quê as letras seriam exatamente iguais.
Além disso, era muito mais fácil criar um caractere com chumbo derretido do quê ter que esculpir em madeira, letra por letra.
Gutemberg
começou a trabalhar num método para criar esses caracteres (tipos móveis), de modo que
fossem pequenos, resistentes e fáceis de manipular. Em 1442 fez um
teste no qual conseguiu imprimir onze linhas em um pedaço de
papel. Mas, os caracteres ainda não tinham a firmeza necessária.
Os chineses já haviam utilizado os tipos móveis no século XI, mas eles se desgastavam rápido e não retinham tinta. Gutenberg tentava resolver esses problemas. Já havia impresso algumas publicações com o uso da xilogravura, mas continuava buscando um método de aperfeiçoar os tipos móveis feitos de chumbo.
No
ano de 1450 conheceu Johann Fust, que emprestou dinheiro (segundo o site Museu Virtual, foram 800 ducados) em troca da participação nos
lucros da empresa que Gutenberg estava criando, chamada “Das Werk
der Buchei” - Fábrica de livros, em português.
Um
pouco depois, juntou-se à sociedade, Pedro Schoffer. Foi Schoffer quem
descobriu o modo de fundir e fabricar caracteres, aliando chumbo ao
antimônio, além de ter desenvolvido o uso da tinta negra, composta
de fumo (muito mais eficiente para a impressão do que as tintas existentes até aquele período).
É
claro, a ideia dos tipos móveis foi de Gutemberg, o aperfeiçoamento
da prensa também foi obra sua. Mas, sem a xilogravura ou a técnica
para a fabricação dos caracteres em metal, nada disso seria possível. Sem o investimento de Fust, também seria difícil concluir o projeto.
Tiramos duas lições dessa história:
- Nada se cria, tudo se copia;
- Não basta ter a ideia, você precisa de investimento.
Se quiser saber mais:
- Grande Enciclopédia Larousse Cultural
- Europeus famosos e suas cidades. Impresso do Departamento de Imprensa e Informação do Governo Federal da Alemanha. 1994.
- http://www.brasilprofissoes.com.br/profissoes/xil%C3%B3grafo
- http://www.unicap.br/armorial/35anos/trabalhos/o-reino_xilogravura.pdf
Mas, o que é quê você acha de tudo isso? Compartilhe conosco a sua opinião.
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