O patriarca Thiara


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“Da mesma maneira que os poetas adoram seus versos, e os pais aos filhos, um comerciante preza sua riqueza por ser obra sua, e também por causa de sua utilidade, igualmente a todos os outros homens.”
(Platão)

Apesar da visão difundida pelo gramscismo de que a história destaca apenas pessoas que representam interesses de grupos detentores do poder econômico em detrimento das pessoas comuns, a verdade é que a história trata daqueles que se destacaram por causa de seus esforços, suas ações, seus exemplos.

Se o indivíduo nasceu de família rica ou conquistou certa posição econômica por causa do seu esforço, em nada altera sua integridade ou compromete sua honradez. O que define o indivíduo é o seu comportamento, suas ações, não sua conta bancária.

Digo isso porque muitos são os que reclamam quando escrevemos sobre alguém de destacada posição social.

Um ressentimento paranóico típico de pseudo-intelectuais da esquerda.

José Thiara, foi um desses capitalistas que muito contribuíram para o desenvolvimento de Ipiaú e região, seja de forma direta ou indireta.

José Thiara nasceu em 15 de setembro de 1905. Era de nacionalidade sírio-libanesa da cidade de Tartus. Como muitos outros de sua época, veio ao Brasil em busca de uma vida melhor, visto que o nosso país estava em franca expansão na época. Quando chegou à região José Thiara contava 18 anos de idade. Era um imigrante de poucos recursos. Começou em trabalhos pequenos na cidade de Jequié. Depois de conseguir acumular pequeno capital, tornou-se hoteleiro.

Era proprietário do Hotel Rex naquela mesma cidade. Mas, José Thiara era um homem de visão, logo percebeu que a agricultura lhe daria um retorno muito maior. Mudou-se então do sudoeste para o sul da Bahia, mais especificamente para a cidade de Ibirataia. Ali, José Thiara conseguiu progredir, onde se consagrou como um dos mais abastados fazendeiros e cacauicultores do sul da Bahia e um dos mais conceituados agentes comprador de cacau das firmas, Barreto de Araújo, Produtos de cacau S/A, Brandão Filhos S/A, Joannes Industrial S/A, Chadler S/A, e algumas outras.

Chegou a possuir doze fazendas, entre elas a Fazenda do Guloso, no município de Ipiaú. Era também proprietário das Fábricas de Chocolate Dizio S/A e Plásticos ARAIT S/A no estado de São Paulo, sem falar dos vários prédios no município de Ibirataia, onde funcionava seu escritório.

Em 1965 José Thiara doou o terreno para o parque de exposição que leva o seu nome na cidade de Ipiaú.

Gerador de muitas vagas de empregos diretos e indiretos, José Thiara colaborou em muito para o desenvolvimento de nossa Região.

No dia 3 de janeiro de 1967 durante uma viagem de Salvador para a sede de sua fazenda Guloso, José Thiara foi acometido de uma perturbação circulatória. Foi levado para a Clínica São Vicente em Jequié, onde faleceu às 8h e 15m.

No dia 25 de janeiro de 1967 o Jornal de Ipiaú publicava: “Um golpe doloroso: Morreu José Thiara”.

Deixou viúva Eunice Gonçalves Thiara, e órfãos, Edson Gonçalves Thiara, Sônia Gonçalves Thiara e Péricles Gonçalves Thiara.

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