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O tamanho pode não fazer diferença, mas a qualidade faz
Todo jornalista deveria tomar nota da compra, pelo Yahoo, de um aplicativo desenvolvido por um adolescente britânico de 17 anos de idade. A transação custou 30 milhões de dólares ao Yahoo.
O aplicativo ganhou o nome de Summly, e resolve de forma prática o problema de muita gente. Você digita uma palavra chave e o Summly navega pela Web à procura de notícias, em seguida o algoritmo desse aplicativo resume os artigos em pedaços menores. Isso torna a leitura bem mais fácil em Smartfones e tablet.
Foto: Divulgação
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Nick D’Aloisio criou aplicativo que resume notícias para serem exibidas nos smartfones e vendeu ao Yahoo por 30 milhões de dólares.
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O jovem programador se chama Nick D’Aloisio, e nasceu em 1996, dois anos depois que o Yahoo foi criado. Ele lançou o aplicativo em 2011 (ele cria aplicativos para iPhone desde 2008), porque ficava frustrado em ter que ler artigos longos em telas pequenas.
COMO FUNCIONA
O Summly se utiliza de inteligência artificial por meio do processamento de sua linguagem de programação para resumir textos.
Assim que os jornalistas superarem a inveja de ver um adolescente recebendo quantias substanciais, deveriam pensar sobre aquilo que D’Aloisio está fazendo e por quê ele está fazendo.
Para muitos consumidores de informação, notícias curtas são mais fáceis de consumir durante a semana. No domingo ou feriado é mais fácil sentar para ler grandes reportagens e matérias mais bem elaboradas. Na correria da semana, principalmente em cidades grandes, o processo se torna mais difícil.
A PIRÂMIDE INVERTIDA AINDA É REGRA
A arquitetura fundamental da redação de notícias - a "pirâmide invertida", que coloca o quem, o quê, quando, onde e por que no topo de um artigo é um modelo que ainda é primordial.
Leitores muito ocupados podem apenas fazer a varredura do topo de um artigo e "escanear" o texto para ter noção do que se trata, sem precisar se aprofundar num primeiro momento.
Num mundo em que as pessoas estão a cada dia mais conectadas, e consumindo informações pelos seus Smartfones e outros dispositivos móveis, todos nós, que trabalhamos com comunicação, teremos que aumentar nossa sensibilidade a respeito do conforto do nosso cliente (que é o consumidor de notícias).
É óbvio que a qualidade do texto, a sonoridade, o ritmo e a profundidade continua sendo de extrema importância para o jornalismo, mas não podemos negar a demanda por notícias mais curtas, mais diretas. Os dois estilos devem existir em consórcio. Um complementando o outro.
TODO CONTEÚDO DEVERÁ SER ENCURTADO?
Como o jornalismo se incorpora, cada vez mais, com as mídias sociais, não podemos negar essa necessidade de uma conversa mais informal e direta.
No final da história, nem todo o conteúdo de notícias precisa estar em pedaços minúsculos. Há certamente um lugar para narrativas longas de 1000, ou 2000 palavras. Ou até mesmo histórias de 6.000 palavras ou mais (o New York Times publicou em dezembro passado uma reportagem sobre a uma avalanche acontecida em 2012, em que se contava 16 mil palavras, além de vídeos e infográficos interativos).
É claro que o Summly irá resumir essa matéria, assim como uma série de outros artigos, mas isso não inviabiliza o prazer de lê-lo na íntegra. Esse é o valor que o jornalismo traz à sociedade. Algo que nenhum algorítimo até agora consegue fazer.
De qualquer modo, eu gostaria de saber sua opinião sobre tudo isso. Comente aí. Compartilhe conosco. O que é que você acha de tudo isso?
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