Qualquer um pode fazer uma boa foto, diz fotógrafo da Folha

“Qualquer um pode fazer uma boa fotografia, basta estar no lugar certo na hora certa”, diz o subeditor de fotografia do Jornal Folha de S. Paulo, Marcelo Justo. Ele defende que, para o jornal diário, mesmo uma fotografia feita com celular poderá ser usada. “É claro que a qualidade vai cair, é claro que vai faltar técnica, mas a informação estará presente”, explica.

Além disso, Marcelo diz que não vê necessidade de que o repórter fotográfico esteja vinculado a um grande jornal. “A internet é o nosso campo de exposição”.
 “A técnica não é primordial no fotojornalismo”, diz Marcelo Justo, editor assistente de fotografia da Folha de S.Paulo.


No entanto, ele diz não abrir mão das referências visuais, necessárias a qualquer profissional de imagens. Ele recomenda que se busque ir a exposições e que se frequente muito o cinema.

Marcelo começou sua carreira fotográfica em 1998 no jornal Diário do Litoral, na cidade de Santos. “Comecei trabalhando de graça, só fui contratado após um mês”, conta. Diz que lá era necessário fazer foto, diagramação e o que mais aparecesse. Concluiu a faculdade em 2006 e um ano depois já estava trabalhando na Folha.

Sobre a ética no campo profissional, Marcelo diz não invadir a vida pessoal dos fotografados, excetuando em casos de fato jornalístico.

Explica que para se destacar e conseguir emprego numa redação, cada vez mais enxuta, não basta que se saiba fazer fotojornalismo, é preciso entender de produção, retrato, foto esportiva e o que mais for necessário.

Marcelo confessa que a profissão anda um tanto desvalorizada. “A Folha paga em média 1oo R$ por foto”, comenta para emendar logo em seguida, “jornal não dá dinheiro”, tirando a ilusão de muitos que sonham em viver da profissão.

Foto: banco de imagem do sxc.hu

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