Ipiaú
E a violência continua
“Life... is a tale Told by an idiot, full of sound and fury, Signifying nothing.”
(A vida é uma história, narrada por um idiota, cheia de barulho e fúria, não significando nada).
SHAKESPEARE, Willian, Macbeth.
Às 6h e 30m do dia 28 de dezembro do ano de 1964 aconteceu entre as ruas Silva Jardim e Juracy Magalhães, num (na época) terreno baldio ao lado da casa de saúde “Antônio Coelho de Lima”, um dos crimes mais revoltantes dos primórdios de Ipiaú.
Um homem, batizado como Samuel Matos, matou sua esposa com quatro tiros, sendo três na altura do coração e, o quarto, na perna, quando a vítima já estava no chão agonizando.
Flagrado com um revólver marca Tauro calibre 32, Samuel Matos confessou que matou sua esposa.
A vítima era Marlene Correia. Morava com seu a lgoz havia alguns meses. O que tornou o crime muito mais bárbaro foi o fato de Marlene estar grávida. Testemunhas na época contaram que ela foi esbofeteada publicamente diversas vezes nos meses anteriores à tragédia.
O réu confesso trazia consigo um histórico um tanto irregular. Dizem que certa vez tentou matar uma senhora idosa na Rua do Cacau, portando uma faca; possuía fama de deflorador de menores; apedrejou um menor deixando o garoto desmaiado estendido no chão; sem falar de um a acusação de jogar uma mulher da zona do meretrício no cais do Rio das contas em baixo.
Assim era Ipiaú nos seus primórdios, uma cidade que por estar afastada dos grandes centros urbanos, era vista por muitas como um refúgio de jagunços, uma terra sem lei.
Mas, isso mudou, a cidade cresceu, as distâncias diminuíram, mas infelizmente, vez por outra ainda temos exemplos de semelhante violência.
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