A verdade sobre o Zeitgeist V – 4 coisas mal explicadas


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Todos com fontes e referências para consulta. Hoje falaremos sobre quatro fatores mal explicados no documentário Zeitgeist. Comecemos então comentando sobre:

Estrelas


· Este é o Sol. Desde o ano 10 mil aC., A história abunda em pinturas e escritos que refletem o respeito e adoração dos povos pelo astro. E é simples entender o porquê, com o seu aparecimento todas as manhãs trazendo a visão, calor, segurança, salvando-nos do frio e do breu da noite, repleta de predadores. Sem ele, todas as culturas perceberam que não haveria colheitas nem vida no planeta. Estas realidades fizeram do Sol o astro mais adorado de todos. Todavia, os povos estavam também muito atentos às estrelas. As estrelas formavam padrões que lhes permitiram reconhecer e antecipar eventos que ocorrem de tempos em tempos, tais como eclipses e Luas cheias. Catalogaram grupos celestiais naquilo que conhecemos hoje como constelações.


O documentário Zeitgeist fala sobre como as civilizações antigas catalogavam os grupos de estrelas celestes, embora isso seja verdade para algumas civilizações, outras, como os incas, na verdade categorizavam os pontos escuros, e não as estrelas propriamente ditas.


Zodíaco


· Esta é a cruz do Zodíaco, uma das mais antigas imagens conceituais na história humana. Representa o trajeto do Sol através das 12 maiores constelações no decorrer de um ano. Também representa os 12 meses do ano, as 4 estações e os solstícios e equinócios. O termo Zodíaco está relacionado ao fato de que as constelações serem antropomorfismos, ou personificadas, como pessoas ou animais.


O documentário dá a entender que as casas zodiacais sempre foram exatamente as mesmas que temos hoje, com os mesmos simbolismos e na mesma quantidade
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Embora as origens exatas do zodíaco sejam desconhecidas, os mais antigos zodíacos que temos registro não têm exatamente 12 signos, portanto, conclusões a este respeito não são confiáveis. Por exemplo, o zodíaco babilônico era originalmente composto de 18 signos e o Zodíaco Maia consistia em 20 signos. Enquanto os zodíacos egípcios e gregos continham – realmente - 12 sinais, é importante mencionar que os 12 signos não são uma verdade inegável que pode ser facilmente reconhecida por todas as civilizações. Na verdade, existem 13 constelações por onde o Sol passa, a que falta é Ophiuchus, que não é contada pelos modernos astrólogos.



Divindade solar


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· Em outras palavras, as primeiras civilizações não só seguir o Sol e as estrelas, como também as personificavam através dos mitos que envolviam os seus movimentos e relações. O Sol, com seu poder criador e salvador também foi personificado à semelhança de um deus todo poderoso.Conhecido como "filho de Deus," a luz do mundo, o salvador da humanidade. Igualmente, as 12 constelações representam estações de estadia para o “filho de Deus” e foram nomeados e normalmente representados por elementos da natureza que aconteciam nesse período de tempo. Por exemplo, Aquarius, o portador da água, que traz as chuvas da Primavera. 


O Sol não era o deus criador em todas as culturas, mas apenas algumas. A maior parte das culturas antigas acreditava que a terra teria sido criada – junto com o Sol e a Lua – por um deus diferente, (cheque a maior parte das culturas antigas, inclusive a egípcia).


E outra coisa ainda faz sentido aqui, se o próprio Sol é Deus e criador, porque é que eles se referem a ele como "Deus Sol", o que implica que o sol não é o Deus? Além disso, o termo God son = Filho de Deus e God Sun = deus sol só são semelhantes em inglês, mas a Bíblia não foi escrita em inglês.

 

Hórus


· Este é Hórus. Ele é o Deus Sol do Egito por volta de 3000 aC. Ele é o Sol, antropomorfizado, e a sua vida é uma série de mitos alegóricos que envolvem o movimento do Sol no céu. Dos antigos hieróglifos no Egito, nós sabemos muito sobre este Messias solar. Por exemplo, Hórus, sendo o Sol ou a luz, tinha como inimigo “Set” e Set era a personificação das trevas ou noite. E, metaforicamente falando, todas as manhãs Hórus ganhava a batalha contra Set – quando ao fim da tarde, Set conquistava Hórus e enviava para o mundo das trevas.Será importante frisar que "dark vs light" ou "bem contra o mal" tem sido uma dualidade mitológica onipresente e que ainda hoje é utilizada a muitos níveis.


Nessa época (em que o documentário descreve o mito), ele era o deus do céu, e Rá era o deus do Sol. Eventualmente, a Lua e o Sol foram considerados os olhos. Nesse ponto, ele era conhecido como Heru-khuti, algum tempo depois a cultura egípcia acabou misturando as duas divindades, ele foi combinado com o deus Rá como "Re-Horakhty”.


Embora tenha havido uma batalha entre Set e Hórus, que, segundo o Zeitgeist acontecia todas as noites. Na verdade, a batalha realmente só aconteceu uma vez, e teve mais a ver com os testículos e o sêmen que deram origem à noite e ao dia.
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A deusa do céu era chamada Nut (ou Nuit), seu nome também significa "noite". Ao anoitecer, ela iria engolir Rá, seu filho, e ele iria ficar no útero até de manhã quando ia renascer. 


Ela usava um vestido azul que estava coberto de estrelas. Set era o deus do deserto, principalmente porque Hórus decepou um de seus testículos e ele se tornou infértil como o deserto. Nesta época, set não foi considerado mal, ao menos até por volta de 100 dC quando os romanos no Egito o definiram como uma figura demoníaca.

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Horus não nasceu em 25 de dezembro, ele nasceu no dia 5 do "Dia Epagomenal", que nem mesmo acontece em dezembro no calendário moderno ou antigo, mas entre 28 e 24 de agosto. Sua mãe também não era virgem. O pai de Hórus era Osíris, que foi morto por seu irmão Seth. Isis usou um feitiço para trazer de volta à vida por um curto período de tempo para que eles pudessem ter relações sexuais, e assim concebeu Hórus.

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Em toda lenda de Hórus só existe uma menção à sua morte e ela se dá na infância, picado por um escorpião. Isis desenvolve uma prece que faz com que Tot descesse do céu e lhe ensinasse um encantamento para trazer Hórus de volta. 


Depois disso Hórus não voltou a morrer, não foi crucificado, não ressuscitou após três dias.

Em nossa próxima conversa falaremos sobre o deus Attis e suas supostas similaridades com os messias solares (como se isso realmente existisse).

Referências:

HOUSTON, Jean; A paixão de Isis e Osíris – a união de duas almas – São Paulo; Mandarim 1997 – Tradução: SILVA, Mauro de Campos.

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