Jornalismo, boatos e redes sociais

As redes sociais começam a se mostrar como uma faca de dois gumes.


Banco de imagem/ sxc.hu




Diante das cenas de barbárie promovidas na Cidade do Guarujá (veja matéria aqui) este fim de semana, fique refletindo a respeito do poder das redes sociais. Para o bem e para o mal.

Um boato, quando publicado num veículo que se propõe noticioso (mesmo que seja uma página no Facebook), ganha ares de informação confirmada. Creio que pessoas com melhor instrução não se deixariam enganar tão facilmente. Também gostaria de acreditar que parte, se não toda, a violência empregada nesse caso específico é fruto da ignorância daquelas pessoas.

O fato, caros colegas, é que não temos controle sobre quem vai ler o nosso trabalho. É fácil lembrar o pânico causado pelo programa radiofônico “A guerra dos mundos” (veja aqui) ou de tantas outras situações semelhantes.

Boatos não são coisa recente ou exclusividade das redes sociais. De qualquer modo, tenho a impressão de que ferramentas como o Facebook facilitaram, em muito, a sua propagação.

Ninguém mais se responsabiliza por uma informação compartilhada. Pessoas bem instruídas também propagam boatos e a origem da informação quase sempre se perde no meio de tudo isso.

Qualquer jornalista sabe que deve checar e rechecar tudo que for publicar, mas parece que em época de mídias sociais não sobra mais tempo para isso.

Não estou fazendo defesa do diploma, nem passou pela minha cabeça o controle das redes sociais. Apenas me dei conta de que fatos como esse podem acontecer de novo, e não temos ferramentas para impedir esse tipo de abuso.

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