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revolução digital
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O início da revolução digital
Os blogs permitiram a um número muito maior de pessoas amplificar sua voz, de modo que era impensável há 20 anos.
Tenho
lido e catalogado muita informação sobre essa revolução digital
no mundo jornalístico, e percebo que muitas pessoas, com quem eu
tento conversar a respeito, desconhecem certos fatores. Para
facilitar essa conversa, resolvi filtrar e apresentar aqui, numa
série de posts, esse material.
Desta forma teremos um arquivo de consulta para quando for necessário. Peço ao amigo leitor que colabore com comentários e discussões. Nos ajude a entender, colabore com sua opinião, com alguma citação sobre o assunto. A intenção é criar um documento online que sirva de referência para uma busca rápida.
Desta forma teremos um arquivo de consulta para quando for necessário. Peço ao amigo leitor que colabore com comentários e discussões. Nos ajude a entender, colabore com sua opinião, com alguma citação sobre o assunto. A intenção é criar um documento online que sirva de referência para uma busca rápida.
Começando com o básico
Imagine que você precisa montar um pequeno jornal semanal para o seu bairro ou sua pequena cidade. Pense na equipe que você precisa convocar. São necessários redatores, fotógrafos, diagramadores, revisores. Tudo bem, você tem um grupo de amigos interessado em trabalhar voluntariamente. É, mas, você também precisa de dinheiro para pagar a gráfica, a distribuição e outros possíveis custos de produção.
E se você quisesse montar
um programa audiovisual? Os custos seriam muito maiores. Não só nos
gastos da produção mas, também, no aluguel do horário numa
emissora de TV. O mesmo é válido para o rádio. Apesar de ser bem
mais barata que uma produção para a TV, a produção de rádio
também tem seus custos muito acima da manutenção de um blog.
Por conta desses problemas é
que as ferramentas de comunicação sempre estiveram nas mãos de
poucos. Nós sempre estivemos na posição de consumidores passivos.
Tudo isso começou com a
máquina impressora, aquela criada por Gutenberg. Foi com base nela
que fortunas se formaram. Mais tarde, essas fortunas foram usadas
para criar impérios radiofônicos e, posteriormente, televisivos.
O padrão continuava o
mesmo. As funções eram divididas e sistematizadas para que o
trabalho em emissoras de TV ou rádio fosse mais rápido e prático,
em resumo, industrial.
O fim da comunicação de
via única
Mas aí, a internet chegou. Sua lógica de produção era diferente. Não havia a divisão, clara nos outros meios, entre produtores e consumidores. Isso bateu de frente com os métodos utilizados na produção jornalística desde o século 17.
De repente todo mundo é um
produtor de conteúdo em potencial. A quantidade de informação
disponível é muito maior do que a capacidade humana de consumi-la.
A lógica de que o conteúdo deveria ser cobrado passa a não fazer
mais sentido.
Mas tudo isso já era
previsto no fim da década de 1980. Se começarmos a contar de 1994
(ano em que a internet comercial ganhou destaque), os administradores
das empresas de comunicação tiveram 75 trimestres para transporem
suas técnicas de produção e as formas de custear esses mesmos
processos.
Existem alguns exemplos de
adaptação que deram bons resultados. Mas, eles são minoria. Esses
relatos isolados, daquilo que é chamado de novo “ecossistema”,
mostram o quanto é complicado essa adaptação.
Falaremos disso,
exemplificando alguns desses casos na sequência.
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