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jornalismo sem fins lucrativos
Jornalismo sem fins lucrativos seria uma solução?
Muito
se tem discutido sobre as funções do jornalismo sem fins
lucrativos. Tenho lido opiniões – algumas bem balizadas – de
que este seria um dos caminhos possíveis para a continuidade da
profissão.
Ainda
não tenho opinião formada sobre o assunto. Me faltam informações
e exemplos práticos. Aqui no Brasil – para falar de algo próximo
– temos a Agência Pública de jornalismo investigativo (veja aqui).
Feita nos moldes da ProPublica –
Agência Pública de notícias sem
fins lucrativos que funciona nos EUA.
A
Natália Viana, e toda a sua equipe, vêm fazendo um trabalho muito
bom. Na Argentina, a Graciela Mochkofski e seu marido fazem um
trabalho semelhante no El Puercoespin (veja aqui).
De
qualquer modo, é impossível não pensar em como um sistema desses
se sustenta. A princípio existem doadores, mecenas, que bancam os
custos. Mas, até quando? Se o mantenedor falhar, a agência terá
que fechar as portas? O que o mantenedor ganha ao financiar esse tipo
de projeto? A agência terá liberdade para noticiar assuntos que vão
de encontro com os interesses do seus mecenas? Não sei. Como eu
disse, me faltam informações.
É
possível argumentar que perguntas semelhantes podem ser feitas a
respeito do jornalismo mantido por publicidade. A questão é que um
jornal costuma ter muitos anunciantes. Isso dá opção,
mas não impossibilita que ele (o jornal) acabe, uma hora ou outra, sendo
partidário e conivente com seus patrocinadores. No caso de uma
organização mantida por apenas uma pessoa ou empresa, a
vulnerabilidade pode ser maior. Mas, como eu disse, não tenho
informações sobre o assunto.
Continuo pesquisando na esperança de compreender este novo ecossistema.
Acabei
de ler um artigo do Aaron Chimbel no site Online Journalism Review
intitulado The Texas Tribune Shows Why non-profit online journalism
matters (leia aqui
).
Nesse artigo, Chimbel conta como o Texas Tribune conseguiu pautar
toda a mídia tradicional com base em seu trabalho de jornalismo sem
fins lucrativos. O artigo cita ainda outras organizações que
trabalham no modelo de jornalismo sem fins lucrativos.
Retornarei
ao assunto.
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