Editor de Caros Amigos admite buscar fontes de acordo com a resposta que pretende ouvir


“Não gostei da última entrevista com a Marilena Chauí [publicada pela Caros Amigos na edição 197, agosto], mas a gente precisava de alguém que dissesse aquilo [que ela disse]”, confessou o editor executivo da revista Caros Amigos, Aray Nabuco, em entrevista coletiva, hoje (10), na sede do veículo.




Editor de Caros Amigos admite buscar fontes de acordo com a resposta que pretende ouvir
Aray Nabuco, na cadeira ao centro, em coletiva com alunos da ECA- USP



Nabuco, que está na revista há três anos, diz que existe um exercício diário da parte do jornalista para variar as fontes, mas que algumas pessoas são autoridades em suas áreas. “E a Marilena é uma autoridade em seu nicho”.

A redação da revista está “enxuta”, conta. Atualmente, com seis profissionais. Sendo que um dos profissionais trabalha alimentando o site.


A revista, segundo ele, ainda vive situação complicada, no tocante ao financeiro. “Nenhuma grande empresa privada anuncia na Caros Amigos, apenas a Coca Cola faz três anúncios anuais”, explica. Dessa forma, a revista se mantém com o dinheiro de venda em banca e do financiamento por parte do Governo Federal, que ele garante não influir no conteúdo editorial.


Explicou também que a revista aumentou o número de
Redação da Caros Amigos
vendas em banca desde a última reforma. “A postura da revista, apesar de continuar fazendo ponte com os movimentos de militância esquerdistas, resolveu abrir o leque de opção editorial”, justifica.

Quanto ao redirecionamento do PT (Partido dos Trabalhadores, defendido pela revista), em relação às coligações partidárias, ele diz que Lula tomou uma posição para que algo pudesse ser feito.


“A internet escancarou as relações entre governo e imprensa, agora é esperar”, conclui.



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