jornalismo
Para editor do Jornal Brasil de Fato, Governo Lula foi contraditório
Lula é de esquerda, mas Governo Lula é contraditório, diz Nilton Viana, editor do jornal Brasil de Fato.
Em entrevista coletiva realizada terça, 24, Viana contou das dificuldades de se manter um jornal de esquerda.
“Se [o Governo] Lula já foi essa merda que foi, do ponto de vista da comunicação, a Dilma está muito pior”, desabafa.
Entre os problemas existentes está a “forte carga
ideológica” do jornal. Além da falta de anunciantes, o jornal tem sérias dificuldades com a distribuição por conta, segundo Viana, de um complô da
grande mídia que tenta boicotar o Brasil de Fato.
Segundo ele, no País, existem apenas duas grandes empresas
de distribuição e essas, são coordenadas pelos jornais Folha de S. Paulo e
Estado de S. Paulo.
O Brasil de Fato possui hoje, segundo seu editor, três
fontes de recursos: 1) venda em banca; 2) Doações dos movimentos (como MST); 3)
dinheiro de assinaturas.
Ele conta que dos três reais, que custa o jornal, um real
fica com o jornaleiro e, um real fica com a distribuidora. A maior fonte de
renda vem das assinaturas.
O editor garante que o jornal não aceita anunciar grande
empresas como Coca-Cola, McDonald ou Vale do Rio Doce.
Para piorar, “a grande população do Brasil não possui o
hábito de leitura”, o que dificulta ainda mais a penetração do jornal nas
classes proletárias.
Para tentar resolver o problema, o Brasil de Fato está com
uma versão tabloide que é distribuída gratuitamente. Essa versão conta com editorias de
esporte e até mesmo horóscopo. Segundo Viana, esse é o meio de buscar as classes mais populares.
O jornal tem, atualmente, uma tiragem de 50 mil exemplares.
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