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Como alcançar a audiência e monetizar o conteúdo
Como fazer um jornal do interior dar lucro em meio a essa revolução cultural? Será que só o patrocínio dos comerciantes locais garante independência jornalística?
Imagem construída com suporte do BitsStrip
Tenho falado, há algum tempo, sobre as dificuldades de monetizar projetos digitais. Sendo, muitas vezes, duro com propostas milagrosas de cursos que prometem ser a solução para todos os nossos problemas.
Não sou contra o produto digital. Noventa por cento dos livros que compro atualmente – e eu compro muitos livros – são em formato digital. Mas é importante que se diga que esses livros passaram por todos os processos comuns a uma edição impressa. Os livros foram escritos (óbvio), revisados, diagramados, indexados, em resumo, são produtos com certo nível de qualidade. É muito diferente de comprar um conteúdo sem revisão e sem diagramação. E confesso que eu já comprei alguns desses.
Sou assinante da Netflix, assisto aos esquetes do Porta dos Fundos no Youtube vez ou outra. Não sou um saudosista que vive à procura de uma locadora física ou que está preso a qualquer formato. O que me importa é o conteúdo.
De qualquer modo, pouco ou nada adianta ficar criticando os projetos existentes no mercado se não houver uma contraproposta viável. Muito se tem pesquisado em busca de uma solução para o dilema da mídia. Que o futuro é o meio digital ninguém duvida, mas como tornar esse tipo de projeto autossustentável? A publicidade está pulverizada e todos nós estamos cansados de saber disso. Como o jornalzinho do interior irá sobreviver diante dessas mudanças?
Quem não é da área de jornalismo talvez não entenda a importância que existe no esquema de divisão entre “igreja e estado”, tão caro ao jornalismo independente. E isso deve ser levado em consideração quando o assunto é monetizar o conteúdo.
O canal Grande Pequena Imprensa, no Youtube (aqui) tem disponibilizado alguns vídeos de palestras a respeito dessa temática.
Recomendo que você assista a esse conteúdo tentando assimilar o máximo das informações expostas ali. A maior parte dos discursos é referente ao atual estado de coisas, porque só entendendo o que realmente está acontecendo poderemos propor soluções viáveis.
José Fagner Alves Santos
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