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Ainda vale a pena ser jornalista
“Vale, muito, a pena ser jornalista. Se eu pudesse faria tudo de novo”, disse a editora da revista e do site Casa, da editora Abril. Marcia Carini. Apesar de achar que a política de lucro das empresas de comunicação deveria ser diferente. Para ela, a noção de que jornais e revistas deveriam oferecer uma lucratividade de 30% é um dos fatores que desvirtuam a função de jornalista e acaba prejudicando o mercado de trabalho.
Marcia, que trabalha
na editora Abril há 18 anos, explica que o profissional de hoje tem
a obrigação de ser versátil, multimídia, e que muitos preferem
não ser contratados pela liberdade que existe sendo freelancer.
Não é só a dificuldade pela qual o mercado está passando que
dificulta a empregabilidade do profissional de comunicação. Mas ela
defende que não é o tempo de apuração que define a boa matéria.
Quanto ao papel da academia, ela diz que a universidade não dá
conta de se adaptar à revolução digital pela qual os jornalistas estão passando.
No ano passado, 2012, a editora Abril demitiu mil jornalistas. Para Márcia, o fato de estarmos, ainda, no “olho do furacão”, não permitiu que houvesse reflexão sobre aquilo que realmente está acontecendo.
Ela diz que quando entrou no programa de treinamento da Abril, no setor de decoração, percebeu que havia muita discriminação, como se aquele fosse um jornalismo menor, como se ali não houvesse função social.
Ela termina dizendo que se, o estudante de jornalismo, levar sua profissão a sério desde o início, suas chances de alcançar o sucesso serão bem maiores.
Fotografia do banco de imagens do site sxc.hu
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