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Filho do Lula não é dono da Friboi
As redes sociais promovem uma enxurrada de informações 24 horas por dia. Essas informações precisam ser checadas, analisadas e contextualizadas. O trabalho do jornalista é, cada vez mais, necessário para colocar ordem em tudo isso.
Um exemplo disso é a história de que o Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, seria o dono da Friboi. Essa conversa vem percorrendo as redes sociais desde as Eleições para Presidente da República de 2014.
O boato se espalhou de forma tão rápida e tão forte pela internet que, mesmo pessoas que não acessam a rede, como é o caso da minha mãe, começaram a repetir a história. Boatos sempre existiram, mas levava um tempo maior para que ele se espalhasse tanto. Agora, com ajuda da web, tudo acontece muito mais rápido. Não vou entrar na discussão sobre a credibilidade das redes sociais. Isso iria longe.
Confesso que fiquei sem saber o que dizer quando ouvi essa história pela primeira vez. Na segunda vez que alguém me comentou comecei a acreditar que existia um fundo de verdade. De qualquer modo, fiquei com aquela necessidade de confirmação. Eu não tinha lido nada a respeito, não vi nenhuma matéria na TV, não ouvi uma única palavra sobre isso no rádio, a Veja não fez uma matéria de capa explorando o assunto. Na verdade, tinha anúncio da Friboi nas páginas da Veja. Alguma coisa estava errada.
A VERDADE
Eis que leio na edição nº 101 da Revista Piauí, uma reportagem escrita pela Consuelo Dieguez, intitulada “O Estouro da Boiada – Como o BNDES ajudou a transformar a Friboi na maior empresa de carnes do mundo” (Veja aqui). Descubro então que a empresa Friboi pertence aos irmãos Wesley e Joesley Batista.
A reportagem da Consuelo é uma espécie de perfil dos empresários e, ao mesmo tempo, biografia da empresa, que hoje se chama JBS. Em determinado trecho da reportagem, Joesley Batista conta que foi chamado pelo Lula para dar explicações sobre esse boato, queria saber qual a origem dos rumores. Joesley diz que foi aí que se deu conta “de que a coisa era grave”.
Quer saber de onde o boato se originou? Eu recomendo que leia a reportagem da Consuelo Dieguez. Ela, além de ser uma grande repórter, tem um texto primoroso, como é típico dos colaboradores da Piauí.
Leia.
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