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Descobri que gosto do Stephen King
Leio uma média de 80 livros ao ano. Desses, apenas 5 ou 6 são livros de ficção. Assisto a muitos filmes, seriados, mas na hora de ler dou preferência a outro tipo de conteúdo.
Durante a minha adolescência era diferente. Lia muita ficção. Tanto em livros quanto em histórias em quadrinhos. Colecionava gibis de todas as editoras as quais eu tinha acesso. Li quase todos os livros da Série Vaga-Lume (aqui), colecionava a série de ficção do Perry Rhodan (aqui), mas nunca havia lido um único livro escrito pelo Stephen King. É claro que, como a maioria das pessoas, eu conhecia seu trabalho de ouvir falar e de uma ou outra adaptação para o cinema ou TV – quem nunca assistiu “À espera de um milagre”?
Há alguns dias, no entanto, assisti a um vídeo do canal Tiny Little Things, da Tatiana Feltrin (aqui), em que ela resenhava o livro On Writing: A Memoir of the Craft, do Stephen king. Esse não é um livro de ficção, é bom que se diga, e talvez por isso tenha me despertado o interesse. Acabei comprando a versão digital (em português).
A leitura desse trabalho é muito prazerosa. Na primeira das três partes que compõe a publicação, King conta trechos da sua infância e adolescência que, na sua visão, contribuíram para a sua formação como escritor. Seu estilo é limpo, quase cirúrgico. Isso deixa a leitura mais fluida – terminei o livro em duas tardes.
Logo de cara ele chama a atenção para as distrações que podem ser prejudiciais ao sucesso do escritor.
Diz King em seu livro.
Na segunda parte ele discorre sobre a caixa de ferramentas do escritor. Como todo profissional, o escritor também precisa de suas ferramentas para desenvolver um bom trabalho.
Até que, finalmente, no capitulo “Sobre a escrita”, há várias dicas de estilo e formatação.
Depois dessa experiência fiquei me sentindo culpado por nunca ter lido nenhum dos seus livros de ficção. Espero que esse preconceito com autores populares comece a diminuir. Afinal, já me diverti muito na adolescência com esse tipo de conteúdo.
Durante a minha adolescência era diferente. Lia muita ficção. Tanto em livros quanto em histórias em quadrinhos. Colecionava gibis de todas as editoras as quais eu tinha acesso. Li quase todos os livros da Série Vaga-Lume (aqui), colecionava a série de ficção do Perry Rhodan (aqui), mas nunca havia lido um único livro escrito pelo Stephen King. É claro que, como a maioria das pessoas, eu conhecia seu trabalho de ouvir falar e de uma ou outra adaptação para o cinema ou TV – quem nunca assistiu “À espera de um milagre”?
Há alguns dias, no entanto, assisti a um vídeo do canal Tiny Little Things, da Tatiana Feltrin (aqui), em que ela resenhava o livro On Writing: A Memoir of the Craft, do Stephen king. Esse não é um livro de ficção, é bom que se diga, e talvez por isso tenha me despertado o interesse. Acabei comprando a versão digital (em português).
A leitura desse trabalho é muito prazerosa. Na primeira das três partes que compõe a publicação, King conta trechos da sua infância e adolescência que, na sua visão, contribuíram para a sua formação como escritor. Seu estilo é limpo, quase cirúrgico. Isso deixa a leitura mais fluida – terminei o livro em duas tardes.
Logo de cara ele chama a atenção para as distrações que podem ser prejudiciais ao sucesso do escritor.
Havia todo um mundo de aventuras imaginárias, embaladas em 14 polegadas de preto e branco e patrocinadas por marcas cujos nomes até hoje soam como poesia para mim. Eu adorava todas.
Mas a televisão chegou relativamente tarde à casa dos King, e fico feliz por isso. Parando para pensar, faço parte de um grupo seleto: um dos poucos e derradeiros romancistas americanos que aprenderam a ler e escrever antes de aprenderem a comer uma porção diária de porcarias televisiva.
Diz King em seu livro.
Na segunda parte ele discorre sobre a caixa de ferramentas do escritor. Como todo profissional, o escritor também precisa de suas ferramentas para desenvolver um bom trabalho.
As ferramentas mais comuns ficam em cima. A mais comum de todas, o pão da escrita, é o vocabulário. Nesse caso, você pode guardar alegremente o que tem sem qualquer traço de culpa ou inferioridade. É como a puta disse ao marinheiro tímido: “Não é o que você tem, amorzinho, é como você usa”
Até que, finalmente, no capitulo “Sobre a escrita”, há várias dicas de estilo e formatação.
Nós lemos para experimentar a mediocridade e a podridão indiscutíveis; essa experiência nos ajuda a reconhecer esse tipo de coisa quando ela começa a se infiltrar em nosso próprio trabalho e a nos livrar dela. Também lemos para nos compararmos aos bons e aos grandes, para ter uma noção de tudo o que pode ser feito. E também lemos para ter contato com diferentes estilos.
Depois dessa experiência fiquei me sentindo culpado por nunca ter lido nenhum dos seus livros de ficção. Espero que esse preconceito com autores populares comece a diminuir. Afinal, já me diverti muito na adolescência com esse tipo de conteúdo.
José Fagner Alves Santos
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