Jornalismo literário
reportagem
A feira de Vicente de Carvalho
Casas como A Rainha do Norte funcionam de segunda a sábado, mas e como fica no domingo, que é quando as pessoas têm tempo para comprar suas provisões da semana?
Para isso, existe a já tradicional, Feira de Vicente de Carvalho. À primeira vista, é uma feira comum, mas nela existe um número significativo de nordestinos vendendo para nordestinos. É possível comprar todos os produtos típicos da culinária nordestina por lá, mas encontram-se também produtos comuns a qualquer feira.
Para isso, existe a já tradicional, Feira de Vicente de Carvalho. À primeira vista, é uma feira comum, mas nela existe um número significativo de nordestinos vendendo para nordestinos. É possível comprar todos os produtos típicos da culinária nordestina por lá, mas encontram-se também produtos comuns a qualquer feira.
É nesse local que a jovem Fabiana dos Santos vende amendoim, cozido e cru, pé de moleque e bolo de aipim. Fabiana, ainda muito tímida, explica que trabalha na feira há apenas dois meses, mas que sua família, vinda de Aracaju, mantém a barraca há pelo menos dois anos. E que vai sempre à Região Nordeste para comprar os produtos que revendem.
Numa outra barraca, com maior variedade de produtos, trabalha Júnior Fernando Teles Azevedo, com o pai e a irmã. “De segunda a segunda, nós fazemos todas as feiras do Guarujá”, comenta. Seu nome não deveria ser Fernando Teles de Azevedo Júnior? “Deveria, mas o cara do cartório era um gozador”, responde. O pai de Júnior, Fernando Teles de Azevedo, veio de Itabaiana, no estado de Sergipe, há vinte anos e desde então monta barraca para vender produtos nordestinos na região.
Em período de campanha eleitoral, o número de candidatos e carros de som é muito grande e “chega a atrapalhar os clientes.
É uma época fracassada”, reclama Nelson Oliveira Santos, sergipano que chegou a Vicente de Carvalho em 1980. Ele diz que começou a trabalhar com feira há 15 anos para ajudar com as despesas em casa, mas que, com exceção do período de festas como Natal e Ano-novo, as vendas “já não são mais como antigamente”.
Outro que quer complementar a renda, trabalhando como feirante, é João Bernardino. Natural do Rio Grande do Norte, ele explica que o dinheiro da aposentadoria “não é suficiente” e por isso se vê obrigado a colocar sua “barraquinha aos domingos”. Trabalha na feira há dez anos vendendo cebola, alho, mel e batata. “Minha barraquinha é pequena, mas é o que ajuda com as despesas”, diz Bernardino.
Numa outra barraca, com maior variedade de produtos, trabalha Júnior Fernando Teles Azevedo, com o pai e a irmã. “De segunda a segunda, nós fazemos todas as feiras do Guarujá”, comenta. Seu nome não deveria ser Fernando Teles de Azevedo Júnior? “Deveria, mas o cara do cartório era um gozador”, responde. O pai de Júnior, Fernando Teles de Azevedo, veio de Itabaiana, no estado de Sergipe, há vinte anos e desde então monta barraca para vender produtos nordestinos na região.
Em período de campanha eleitoral, o número de candidatos e carros de som é muito grande e “chega a atrapalhar os clientes.
É uma época fracassada”, reclama Nelson Oliveira Santos, sergipano que chegou a Vicente de Carvalho em 1980. Ele diz que começou a trabalhar com feira há 15 anos para ajudar com as despesas em casa, mas que, com exceção do período de festas como Natal e Ano-novo, as vendas “já não são mais como antigamente”.
Outro que quer complementar a renda, trabalhando como feirante, é João Bernardino. Natural do Rio Grande do Norte, ele explica que o dinheiro da aposentadoria “não é suficiente” e por isso se vê obrigado a colocar sua “barraquinha aos domingos”. Trabalha na feira há dez anos vendendo cebola, alho, mel e batata. “Minha barraquinha é pequena, mas é o que ajuda com as despesas”, diz Bernardino.
A Feira de Vicente de Carvalho guarda uma riqueza de tipos além de sua variedade de produtos. Cada barraca, cada feirante, cada produto esconde uma história de medo, labor e superação.
Texto e fotos: José Fagner
0 comentários